1.6 A Difícil Escolha entre a Atitude e a Omissão

Quantas vezes filhos não se perguntaram se uma atitude deveria ou não ser adotada. Aqueles que pensam em seus atos sempre tem consciência que deles sobrevirão reações, muitas vezes penosas. Mas quando há dúvida é porque há consciência. Se essa não ocorresse, a duvida não se apresentaria porque não haveria motivos de questionamento.
Então filhos em primeiro momento observem que a duvida é para o bem e se ela existe demonstra algo muito maior: a sabedoria daqueles que estão progredindo e conseguem perceber que atrás de suas escolhas estão sempre as conseqüências.
É claro que aqui não se está referindo as duvidas usuais que se apresentem perante as inúmeras escolhas que são colocadas em frente ao filho, mas sim àquelas nas quais sabe o filho que o destino de outros e o seu próprio poderá sofrer alterações.
E essa sabedoria também leva a uma paga: a escolha errada como anteriormente visto, feita de modo lúcido é muito mais penosa do que aquela que é realizada sem que a mesma consciência se faça presente. Não é apenas o dito popular, mas verdade certa: Oxalá realmente protege os inocentes.
Quando existem escolhas efetuadas de forma consciente elas terão muito mais peso porque provavelmente as conseqüências se fizeram presentes e foram aceitas de modo previsível.
De nada adianta filho agora, o questionamento que seria muito melhor se não houvesse então a consciência do ato errado. O processo de escolhas é uma das formas da alma evoluir. Assim. se esse processo chegou ao filho se fez porque era necessário e, portanto, não há motivos para ser questionado.
Aceitando o fato de que quando a consciência se faz presente não haverá passo atrás, importante então que se tomem as escolhas corretas. São certas aquelas que calam fundo ao coração e a alma.
Entretanto apesar de simples a teoria, a pratica apresenta-se como sabido muito mais complexa, porque escolhas envolvem posturas que devem ser adotadas a partir de determinado ponto e envolvem karmas.
A ninguém é apresentado o questionamento se uma das respostas não for a certa e existe apenas uma resposta certa. Não se tente contemporizar, porque aquele que pretendem atender a todos passa por cima de si próprio.
Portanto sim, é preciso escolher e seja qual for a atitude terá lados positivos e negativos, mas sendo certos, os primeiros serão muito maiores que os últimos.
Uma forma prática (e os filhos sabem que a Umbanda antes de tudo opta pela forma pragmática de solução de problemas) é simplesmente enumerar o ato e suas conseqüências.
Esclarecer o enunciado e então a cada resposta enumerar as conseqüências.
O filho perceberá que a grande maioria de suas duvidas serão resolvidas pela simples elaboração no enunciado. Entender o problema é na maioria dos casos a sua própria resposta.
Então quando esclarecidos coração e mente a escolha que deverá ser tomada quase que por atração. A resposta correta é normalmente aquela mais obvia a mente porque o espírito sabe muito antes da consciência o que é necessário ao seu aprendizado.
Mas há casos em que mesmo depois de elaborado o problema a resposta não se apresenta tão claramente e então deverão ser escolhidas as mais prováveis respostas. E procuradas outras que escondidas encontram-se. Demore-se filho nas respostas, porque uma reação mais brusca a determinada verdade diz muito sobre ela.
Depois de encontradas as prováveis respostas, enumere-se a cada uma delas as conseqüências. E importante que antes de serem enumeradas as conseqüências para as outras almas envolvidas seja estipuladas para o do próprio filho, porque a evolução de terceiros conforme já amplamente esclarecido não se faz através dos outros, mas somente pela própria alma.
Portanto se alguém deve aprender com o problema é principalmente e em primeira analise o filho. Isto não significa que as conseqüências não possam e não vão atingir a outras almas. Mas o que elas deverão aprender irão fazê-lo decorrente dessas conseqüências ou de outras que se apresentarem. Não importa. A ninguém é dado obstar a evolução.
É claro que as conseqüências ao serem apresentadas a outros filhos serão aproveitadas ou não como lições, dependendo de como se dê o desenvolvimento daqueles e a necessidade de aprendizado. Mas, isso dependerá da outra alma e nunca da do filho.
Assim, as mais importantes conseqüências deverá ser as que ocorrerão na vida do filho em sendo tomada tal atitude. Porque são por elas que existirão resposta e resgate ou criação de karma.
E ao final das contas este resgate ou criação somente poderá ser resolvida pelo próprio filho, e por isso que a escolha deve ser muito bem estudada e completamente absorvida.
Realizado esse processo, restando clara a questão, resposta e conseqüências então é hora de ir à escolha. Importante observar filho que se ate este momento a resposta e a atitude certa não saltaram aos olhos é porque a pergunta está errada.
O principio básico é que se não há solução que fale a alma do filho não é esse o problema que se apresenta.
Para a pergunta errada: a resposta inexistente. Para a escolha já tomada: a resposta já conhecida. Para a pergunta estranha: a resposta obvia. Para a pergunta com outras intenções que não a evolução: a resposta que machuca. Para a pergunta que se desmorona em si mesmo: a resposta a própria questão. Para aqueles que não questionam: a inconsciência.





“Se pudesse escolher teria deixado pra la, porque saber demais nunca é bom.
Mas quem me deu oportunidade,
se não os próprios donos da pergunta?”