4.4 Cada Cruz um Peso


Quando se tem uma cruz não há o que fazer alem de carregá-la. É preciso carregá-la da forma mais serena possível, por que difícil sempre será. E todos tem uma cruz porque nesse sentido figurado ela representa algo que se deve carregar para aprender.

Os erros se repetem quando é mesma cruz e não ocorreu o aprendizado.

Cada filho possui uma cruz e não é ela maior ou melhor que outra, porque em cada uma encontra-se o motivo da força e a cada passo novo na caminhada é necessário agradecer. Quando se esta caminhando para frente, a evolução é constante, mas quando se permanece parado as chagas abrem e os insetos infestam aquele que não sentiu o peso da sua, pois de duas uma: ou esta sendo peso a outro ou não entendeu que deve evoluir. E que com isso só aumenta uma paga na frente, porque não há como não possuir a sua. Toda a alma esta para evoluir e quando não ocorre à evolução haverá a dor, porque ninguém e a ninguém é dado criticar aqueles que peso diferente carregam. Se não é nas costas do filho que ela esta então não é ele que poderá dizer qual seu tamanho ou seu peso. Não adiantam lagrimas. Lagrimas somente desperdiçam a força tão necessária a jornada. Filho enxugue as lagrimas e suba os olhos para pedir proteção. Mas de nada adianta a proteção se ela não está sendo pedida por necessidade. Que a cruz é antes de tudo para o bem e que a dor não é necessária quando se fizer presente o aprendizado. A cruz é necessária, o sangue não, porque não é demais lembrar que a cruz sempre estará la e que cabe ao filho carregá-la da melhor forma possível. Oxalá não atribuiu o peso nas costas porque é mau, mas apenas porque pretende que ela fortifique os músculos e torne mais efetiva à caminhada. Que não cabe a qualquer dos filhos julgar nem a sua nem a dos outros mas apenas carregá-la. Que aos filhos não é possível questionar porque de sua existência, mas aprender com ela. Que aquele que parece não carregá-la, no mais das vezes é o que mais sente o seu peso. Que não é necessário mostrar aos outros o peso de cada uma das cruzes porque não poderão eles carregar outra do que não a sua própria. Que de nada adianta querer auxiliar no peso alheio, porque na maioria das vezes está sobrecarregando a si mesmo e abrindo novas chagas que não as suas. Que quem tenta aliviar o peso dos outros está levando aquele a quem procura proteger a buscar uma cruz maior. Que os conselhos são para serem dados e ouvidos, mas que os ouvidos somente se farão presente quando houver entendimento. Que na inexistência desses de nada adianta a perseverança. Que a perseverança será no erro. Que se a cruz esta lá o caminho pode ser percorrido com alegria. Que a alegria independe do caminho. Que nunca as lagrimas podem apagar um sorriso. Que aquele que não sorri apenas tenta se proteger da luz. Que não adianta continuar a jornada carregando sua cruz se não houver a consciência de que ela deve ser levada com tranqüilidade. Que a ansiedade somente faz com que mais profundas sejam as marcas. Que as marcas ficarão, mas o aleijão não se fará presente. Que os aleijões são para que cada cruz tenha seu definitivo peso. Que cada aleijão fortalecerá outro músculo da alma. Que o maior aleijão não é físico é espiritual, Que a alma sempre será perfeita porque perfeito será aquele na qual a cruz repousa.

Que cada cruz deve ser respeitada e entendida, mas que cada filho deve se preocupar com a sua própria. Que a ninguém é dado carregar o peso alheio. Que a alegria não é uma benção, mas uma necessidade na caminhada. Que ela não é alternativa, mas obrigatória a todos aqueles que pretendem procurar a verdade.








“A cruz não tem tamanho, as chagas também não,
porque quando são em mim, doem”