3.3 Fundamentos da Desobsessão – Existência de Obsessores


Existem momentos em que a força da palavra apenas não gera a evolução do espírito e como no mundo dos encarnados, se faz necessária a força bruta e física para que encarnados ou não, possam estar protegidos daquelas almas que se recusam, pelo simples entendimento da palavra prosseguir. É quando os executores trabalham para que afastar daqueles que tentam seguir seus caminhos as almas que por um motivou ou outro atrapalham, das mais diversas formas, esses filhos.

Tais almas que interferem no caminho de outras, seja por maldade, desespero ou desconhecimento, são mais comuns que os filhos que não crêem gostariam que fossem.

O que causa espanto filhos é que esse seja um assunto ainda tratado com desconfiança nas esferas do kardecismo, como se somente houvessem uns poucos espíritos desencaminhados e que o restante das dificuldades (que não as impostas pela lei do Karma), derivassem quase que exclusivamente de surtos alucinatórios daqueles que são obsediados.

Como se somente a prece ao pé da vela ou ao lado de um copo de água fosse suficiente para combater forças que são muitas vezes mais fortes naquele determinado momento do que o próprio filho que sofre.

Pensem filhos, pensem!

Porque aqueles que enquanto encarnados mentiram, enganaram e fizeram sofrer seriam diferentes aos desencarnarem? Almas não iluminadas somente poderão e irão caminhar para o bem e para a luz quando assim decidirem, ou então, pelo sofrimento forem obrigados não é a passagem de encarnados para desencarnados que realiza obrigatoriamente essa transformação. Morrer, ou deixar o corpo físico é tão somente uma mudança de matéria física, cumulada com a visão de continuidade do caminho, mesmo quando o corpo material não mais existe.

Ocorre que esse conhecimento por si só não tem o poder de colocar nos trilhos almas sem luz. E elas, acostumadas a padrões vibracionais baixos, continuaram a alimentá-los, seja por meio de paga, de simples apego, ou vontade intencional de praticar o mau em seu próprio proveito.

Dito isso e entendido que espíritos sem luz não passam a almas iluminadas pelo simples desencarne, tem-se outro problema: como serão essas almas, já distantes das algemas terrenas, encaminhadas ou afastadas do caminho de terceiros?

É ai que entram os trabalhos de desobsessão.

Obsessão é o ato de uma alma obsediar outra*, seja através de mentalizações, aparições ou transmutações.

Assim, é claro que não poderiam os terreiros Umbandistas se furtar a proteger as almas que buscam liberdade do seu obsessor. E não existe aqui qualquer segredo ou mistificação. As entidades protetoras se utilizam sim da energia dos mais diversos materiais para efetuar o convencimento, bruto ou não, das almas obsessoras para que elas continuem seu caminho.

Existem sim, espíritos sem luz que em troca da energia do sangue, de alimentos podres ou de outras formas vibracionais negativas se prestam aos mais diversos trabalhos.

E, como funcionários da dor, são pagos para fazer o possível para atrapalhar e não permitir a felicidade daquele que é obsediado. É claro que, os protetores espirituais que cuidam dos encarnados, sejam umbandistas ou não, realizarão a proteção daquele que obsediado é, da forma que mais efetiva se apresentar.

Ocorre que muitas vezes os padrões vibracionais aos quais as almas sem luz estão afeitas, coordenados com um padrão vibracional não condizente criado pelo próprio filho, acabam por dificultar o trabalho espiritual. É quando muitos procuram as casas espirituais para que possam se livrar daquele que está lhe obsediando.

Na maioria das vezes essa busca acaba inclusive sendo inconsciente, mas é bom que os filhos umbandistas ou não, tenham por hora essa noção: obsessores existem, pessoas sem luz também desencarnam e o auxilio espiritual sempre será bem vindo e devera ser procurado sempre que se fizer necessário, sem que existam medos, meias palavras e rituais escondidos.





“Cretinos também ficam velhos e cretinos também morrem.
Se não for um deles, quero é proteção.”









* - Obsediar: Interferir na vontade alheia.