4.6 Resgates Kármicos e Repetição dos Resgates


Não basta apenas realizar os resgates kármicos sem a consciência deste resgate. Muitas vezes as dificuldades são repetidas diversas vezes sem que haja o aprendizado.

Não adianta que os filhos simplesmente passem pelas dificuldades, e que não aprendam com elas é preciso o aprendizado para que possa haver o entendimento.

Quantas vezes os problemas parecem se repetir das mais diversas formas sem que na realidade sejam resolvidos? É preciso antes de tudo aprender. Não adianta deixar que os outros simplesmente absorvam e resolvam os problemas porque, a partir do momento que é necessário o aprendizado do filho então deverá ser ele quem passará pelas dificuldades.

Não podem os filhos menosprezarem as dificuldades querendo que os outros as resolvam sem que por elas tenham passado. As experiências serão repetidas não uma, mas inúmeras vezes ate que o entendimento se faça presente.

E de nada adianta encontrar outras formas que não o enfrentamento dos problemas para resolvê-los. É preciso que os problemas sejam compreendidos e sobre eles seja tomada determinada atitude que não pode se fazer por meio do escapismo.

O escapismo pode parecer adiantar em uma vez, mas logo ali na frente a mesma dificuldade se apresentara para que possa o filho realmente aprender e se novamente assim não o fizer, mais uma e outra vez, problemas e dificuldades similares se apresentarão para serem resolvidos.

E não é porque o filho simplesmente não causou mal a alguém que ira passar por essa encarnação sem aprender. A falta de atitude traz a necessidade de um resgate maior porque aqueles que não se voltam ao bem, ao auxilio, ao próximo, também erram.

E fácil não pensar no espírito quando não se faz necessário refletir sobre a vida e não pedir. É fácil criticar aqueles que crêem quando não se precisa em nada acreditar. Então ai também se fará a paga. No seu tempo a paga será realizada. Porque é necessário crer na força maior do espírito.

Aqueles que ignoram isso irão, em um momento ou outro entender que não basta apenas o físico. Que a vida necessita de uma explicação maior do que sua simples existência, que o conforto espiritual é o mais importante de todos os confortos porque antes de qualquer outro ensina como passar pelas dificuldades e sobreviver a elas.

É fácil falar sobre crentes quando céticos não precisam da Fé para enfrentar as dificuldades. Em algum momento precisarão e este será o resgate de seu karma, para que aprendam o motivo. Alias filhos, já pensaram qual o motivo de tudo isso? Para que o sofrimento diário se não houver um resultado maior, um bem maior a ser alcançado.

A necessidade da Fé é acima de tudo uma forma de resgate. É o reconhecimento da continuidade e a crença em algo maior do que o físico. É acreditar que não estão os filhos sós, mas que estão sim, entregues a sua própria dor, por necessidade e não por simples capricho divino.

Com essa percepção maior, muito mais brandas se tornam as dificuldades porque se pode ao final entender que há um motivo. Que há uma lição a ser aprendida. Que a lição levará ao desenvolvimento e a compreensão da necessidade de evolução.

Nenhum sofrimento e injusto ou desnecessário. Nenhum problema é ao acaso. De posse destas informações somente cabe ao filho entender o porquê das dificuldades pelos quais está passando.

O aprendizado e entendimento deve se fazer o mais rápido possível para que a dor possa cessar.

A evolução se faz, por isso pela resolução dos problemas e o seu não enfrentamento leva a necessidade de repetição dos mesmos. E é comum se encontrar filhos que não uma, nem duas, mas dezenas de vezes tem as dificuldades repetidas antes que consigam aprender e não se desviar do aprendizado.

Por isso também a Umbanda é frontalmente contrária ao suicídio. Por que ele é a forma de retirar de um espírito o aprendizado necessário em determinada encarnação e, portanto, somente levará a mais dor e sofrimento, seja da alma que teve sua existência obstada , seja daqueles que ao seu lado conviveram e então tiveram que compreender a dor e o desespero de uma perda calculada.

E não bastasse isso a dor criada por esse ato ultimo, também gera enorme resgate kármico, porque cria um elo não apenas de dor, mas de ódio nos envolvidos.

É importante que os filhos que sentiram a dor da perda de um suicida querido entendam que não deverão se ligar a essa alma que erra pela dor do ódio ou da vingança.

Devem tentar entender e continuar suas jornadas sem rancor para que não precisem novamente passar pela mesma experiência, gerando um novo karma que deverá ser resolvido em próximas encarnações já que a alma que se foi não poderá pagar nessa encarnação perdida a dor que causou.

Portanto é importante o desligamento de todos aqueles que estão envolvidos em um ato de suicídio do próprio suicida, para que não precisem novamente ter que passar pela experiência. E novamente aqui é importante tentar entender o motivo que levou ao problema enfrentado. E depois de entendido, não pode ele causar ódio ou maiores dores sob pena de, como já dito, levar a necessidade novo restaste.




“Não adianta tentar esquecer se a memória é viva.
A distância não apaga a dificuldade, aumenta-a para nova ocasião.
Única forma é enfrentar e pedir que Deus nos ajude. Se ele puder. “