4.1 Os Caminhos que serão Seguidos


A ninguém cabe se eximir dos caminhos que deverão ser obrigatoriamente seguidos, porque as lições para a evolução devem ser apreendidas de um modo ou de outro. Apesar de muitas vezes ser possível fazer com que as escolhas sejam as menos pesadas ainda assim, necessário que sejam entendidas as lições.

A Umbanda não acredita que todos os caminhos estejam trilhados antes do nascimento e sejam eles imutáveis. Traçados sim estão as lições que o filho deve passar pela encarnação, para que possa entender o que deve aprender para evoluir.

Portanto não existem caminhos traçados, mas sim esboços que a qualquer tempo poderão ser modificados pelo filho porque cabe a ele o livre arbítrio. E o livre arbítrio é, como anteriormente especificado, fundamento intocável da alma. Assim, se os caminhos já estivessem traçados qual seria a possibilidade de escolha da alma? Existem assim esboços, que a qualquer momento podem ser apagados para novos restarem escritos.

Mas a cada escolha a reação afeita levará ou não ao aprendizado necessário. Mesmo que os esboços já estejam pré-determinados o mais importante é que o cavalo consiga aprender aquilo a que sua alma se dispôs para que não seja em vão sua encarnação e muito menos que novas pagas mais pesadas se façam necessárias para que ocorra aprendizado.

Porque se pode escolher pelo erro, mas o erro levará a paga e em cada momento posterior a paga levará a uma nova provação. A idéia é que cada lição seja absorvida da forma mais branda e leve possível e que não se faça necessária a dor para a evolução e que esta somente ocorra quando a lição não tiver sido aprendida de qualquer outra forma.

Assim filhos a obrigação da alma não é trilhar caminhos previamente esboçados, mas sim aprender ensinamentos anteriormente estipulados. Portanto, se entendido como lição e não como acontecimento fatídico, o destino está escrito, porque todos os caminhos levarão a alma realizar o aprendizado determinado anteriormente. Esse sim é o verdadeiro destino.

Este é o motivo porque muitas das previsões se concretizam e outras, não. O futuro pode ser previsto, mas não é imutável. As guerras se fizeram porque os filhos não conseguiram aprender pela paz, mas se a paz fosse suficiente as guerras não iriam se realizar.

A premonição, a previsão, as cartas, podem mostrar aos filhos os esboços que foram efetuados, mas não necessariamente os fatos que irão acontecer seqüencialmente, porque eles podem ser modificados a qualquer momento pelo livre arbítrio dos envolvidos.

Mas, há sim e sempre um leito de rio a ser seguido que é o do aprendizado. As forças do destino encontram-se aí, porque os acontecimentos levarão sempre a que determinado karma seja resgatado e que a alma encarnada possa aprender.

É tal fato que leva acontecimentos serem repetidos inúmeras vezes em uma mesma encarnação. Quando o filho se recusa a aprender a lição vinda de acontecimento. Então o mais importante filhos, ao consultarem oráculos do futuro seja realizar a pergunta do que deve o consulente aprender. Para que assim possa controlar os acontecimentos do futuro do melhor modo possível, tendo em vista que ,se a lição for aprendida a dor cessara e também os caminhos serão abertos.

Os esboços dos acontecimentos se tornaram mais claros e o futuro mais cristalino quando se entendem os motivos. E, sim existem situações que estão predeterminadas, porque são elas, em muitas das vezes. a forma mais fácil de aprendizado.

Tenham cuidado filhos também quando forem relembrar encarnações anteriores porque às vezes em todas elas de uma forma ou de outra a dificuldade se apresenta, e por isso, a mais das vezes o esquecimento é uma benção, possibilitando que a alma novamente tente aprender sem ter consciência do fardo que trouxe de outras encarnações.

Mas relembrar as encarnações passadas é importante quando na atual não houver um esclarecimento maior e a dor se apresente tanta que o recordar será, em forma de terapia, tranqüilidade e clarividência dos problemas atualmente enfrentados e anteriormente ocorridos.

Deverá ser efetuada com total cuidado, porque aquele filho que errou antes, ao saber dos erros e que deles não conseguiu se desvencilhar pode, com essa consciência simplesmente desistir de seu atual aprendizado, se transformando tal conhecimento em um fardo que nada auxilia a atual evolução.

Assim, por exemplo, um filho com tendências suicidas ao recordar as encarnações anteriores e perceber que em todas elas houve a desistência da vida, pode, em vez de entender isso e lutar mais fortemente para aprender, simplesmente desistir.

Portanto filho, quando resolver buscar pelo conhecimento das vidas anteriores lembre que o fardo pode ser maior do que aquele que a ser suportado e se isso ocorrer à benção do esquecimento não mais se fará presente.

Mas, se for necessário ao atual desenvolvimento e se, o cavalo tiver completa ciência de que o que procura é a resposta ao que deve aprender então com muito cuidado e através de mãos de outras almas consciente de seu trabalho, realize-se a regressão, para que o esboço se torne mais claro.





“Desenhei o que achava que era o melhor
E, derrepente descobri que o borrão era ridículo
E que todo o desenho estava errado.
Joguei a folha fora e em uma nova rabisquei,
agora a lápis.
Aquilo que achei que um dia,
poderia se tornar figura.”